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Preju?zo no campo ? amenizado pelas chuvas na regi?o

Sexta-feira, 27 de janeiro de 2012


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O agricultor Luiz Alberto Palaro colheu 16 mil sacas de soja no ano passado e agora sente que dificilmente passará de 13 mil na safra que começa a ser retirada do campo a partir de fevereiro. O tradicional plantador, que junto com os irmãos cultiva o grão em várias propriedades da região de Floresta (a trinta quilômetros de Maringá), sabe que a estiagem prolongada e as chuvas mal distribuídas foram a razão da redução e que as chuvas que chegaram à região no fim de semana "aliviam mais não resolvem mais", pois boa parte da plantação sofreu perdas irreversíveis. Nas propriedades da família Palaro a produção deve ficar cerca de 30% menor do que a prevista.

"Essas chuvas são boas para as variedades de soja mais resistentes", diz ele, explicando que boa parte dos produtores planta uma parte com variedades resistentes e outra com variedades sensíveis, que são mais precoces e chegam ao ponto de colheita em menos tempo. "É uma estratégia para antecipar a colheita e assim podermos entrar com o plantio do milho safrinha mais cedo", diz.

A Cocamar, cooperativa que abrange 54 municípios do norte e noroeste do Paraná, confirma a previsão de Palaro, mas deixa claro que não se pode falar em quebra de safra. De acordo com o engenheiro agrônomo Leonardo Kami, a impressão de que a perda foi grande existe porque muitos produtores comparam a produtividade deste ano com a da safra anterior, que foi a maior dos anos mais recentes.

"As variedades sensíveis, aquelas que dependem de períodos determinados de sol e de chuva, realmente sofreram muito com a estiagem, mas não se pode dizer o mesmo de outras variedades, aquelas que têm um ciclo mais longo", ressalta Kami.
Pelo relatório semanal da Cocamar divulgado ontem, as chuvas iniciadas no fim de semana foram as primeiras deste ano a atingir toda a área plantada com soja, mas a variação foi grande de uma região para outra. Dentro da área de abrangência da cooperativa, choveu até ontem 14 milímetros na região de Sertanópolis (a 133 quilômetros de Maringá) e chegou a 108 milímetros na região de Jussara (a 65 quilômetros da Cidade Canção), mas apesar da variação toda a lavoura foi beneficiada.

Agora a preocupação do agricultor é que as chuvas não se prolonguem muito, porque chegaram às vésperas do início da colheita. A família Palaro, por exemplo, inicia a colheita da soja precoce no próximo domingo e se tiver sol quente a partir de amanhã. A previsão da Cocamar é de que a colheita será intensificada em toda a região a partir do próximo dia 15.

Fonte: o diario maringá

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