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Sistema paranaense de gest?o de desastres naturais ? premiado

Segunda-feira, 16 de março de 2015


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O sistema paranaense de gestão de situações de desastres naturais foi premiado neste sábado (14) em evento mundial da Organização das Nações Unidas (ONU), em Sendai, Japão. O sistema é utilizado pelos 399 municípios paranaenses e permite que eles planejem e acompanhem os impactos de situações de emergência e desastres, o que reduz as consequências para a população.

O programa paranaense foi apresentado aos participantes do evento pelos representantes da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil do Paraná, coronel Edemilson de Barros, coordenador executivo, e Misael Márcio Ferreira Borges, administrador do sistema de gestão. 

“Os municípios registram no sistema todas as ocorrências de emergência, o que permite uma gestão rápida nessas situações”, explicou o coronel Barros na apresentação. “Este prêmio internacional nos gratifica, pois estamos contribuindo com outras cidades e países no enfrentamento de situações de emergência”, disse ele.

O prêmio ao Paraná foi concedido pelo Escritório de Estratégia Internacional para Redução de Desastres (UNISDR), da ONU. O sistema paranaense foi o único projeto brasileiro premiado na campanha global Fazendo Cidades Resilientes: Minha Cidade está se Preparando e conquistou o primeiro lugar na categoria Aplicações de Sistemas de Informação de Uso Interno.

A 3ª Conferência Mundial das Nações Unidas sobre a Redução do Risco de Desastres vai até quarta-feira (18) e reúne cerca de oito mil pessoas e líderes de 20 países. A cerimônia de abertura teve a presença do secretário geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon. 

Também no sábado (14), os representantes do Paraná participaram da reunião com o chefe da delegação brasileira, o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi. 

COMO FUNCIONA – O sistema paranaense foi desenvolvido pela Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar). Criada em 2005, como um banco de dados dos desastres naturais no Estado, a ferramenta passou a ser aperfeiçoada a partir de 2011 e agora permite que todos os municípios possam elaborar seu plano de contingência, previstos em lei federal. 

Cada município cadastra no sistema as áreas de risco de seu território, com fotos e mapas, e os principais acidentes naturais registrados na cidade. Os municípios também indicam os locais que tenham infraestrutura para acolher desabrigados (escolas, igrejas, ginásios de esporte) e os recursos existentes para o apoio ao atendimento da população (veículos, ambulâncias, maquinário). Também definem os responsáveis pelas funções, com telefones e endereços para contato. 

“Isso facilita muito no momento de prestação de socorro”, ressalta o coronel Barros. “Por exemplo, quando é necessário decretar estado de emergência ou de calamidade pública, basta preencher corretamente os dados que o sistema gera o documento, sem erros. As cidades podem receber apoio o mais rápido possível”, explica. 

Outra vantagem da ferramenta é que ela funciona como um banco de dados. Todas as informações sobre desastres ocorridos no Paraná desde a década 1980 – incluindo o número de pessoas atingidas, feridos, óbitos, estabelecimentos afetados e o valor total de prejuízos – são contabilizados pelo sistema. 

PESQUISAS – O Paraná tem se destacado nas ações de Proteção e Defesa Civil e é o primeiro estado brasileiro em que todos os municípios estão preparados para evitar desastres naturais. Além do Sistema Informatizado, o Governo do Estado conta também, desde dezembro de 2014, com o Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres (Ceped-PR). 

Formado pela Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil e pela Universidade Estadual do Paraná (Unespar), atua na produção e difusão de pesquisas sobre a redução de riscos de desastres naturais. O Ceped é o gestor de uma rede de universidades públicas e particulares, centros de pesquisas e institutos que tenham afinidade com o tema e que queiram colaborar com estudos e trabalhos para apoiar o Estado e municípios em ações de prevenção. 

Fonte: AEN

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